segunda-feira, 27 de maio de 2019

Um Soneto de Contradição

Quanto mais me alegro, mais eu choro,
Quanto mais me entristeço, alegre fico,
Se venho com pressa é que me demoro,
Essa minha pobreza me deixa mais rico.

Quanto mais ando, mais leve é o fardo,
Será que sou sem saber algum masoquista?
Tento ser um herói e com isso me acovardo,
O trem saiu dos trilhos, eu era o maquinista.

Eu sou quero amores, se forem impossíveis,
Só busco problemas sem alguma solução,
Procuro carinhos das musas insensíveis,

Quero tropeçar no caminho, ir logo ao chão,
Tropeçar em pequenas teias tão invisíveis,
Pois sou apenas humano - eterna contradição.

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