esqueço até nomes...
e a brisa não balança mais nada...
seria bom que seria...
garrafas antigas de refrigerante
com alguma lógica...
as caixinhas de papelão
trazem mil enigmas...
a inocência nos falha
mas também acaba tardando...
eu tenho minha roupa de rei
só não sei onde está mais...
choveu muito e não queria
naquele dia que era noite...
não me importam chacotas
se são bons imaginários beijos...
não são bem as feridas que sangram
são até outros cortes...
quase todos os feriados são bons
principalmente os que pedimos...
detesto ser eu mesmo
até quando não o sou...
velhas respostas agora me procuram
mas já é tarde demais...
eu sei fazer rebanhos de nuvens
e apascentá-los com grande carinho...
não tenho nada contra
à não ser pequenas observações...
algumas filas já andam
mesmo que seu ar esteja parado...
de conversa em conversa
éramos bons amigos dia desses...
balas e chicletes de gosto exótico
procuram bocas com sublime impaciência...
as pessoas me olham aos montes
mas meus segredos são tão eficazes...
algumas velhas fórmulas
têm ainda seu resultado...
os canhões e as flores se confundiram
e os soldados correram apavorados...
dois versos! dois versos!
gritava o poeta em febril delírio...
não falar nada pode
ser mais complicado do que algo...
eu sou a minha lembrança
até quando me ausento...
fiz muitas casas e castelos
com meus tijolinhos de madeira...
eu quase caí de susto
mas foi apenas mera impressão...
seria bom que seria...
e a brisa não balança mais nada...
esqueço até nomes...
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