ela pula na piscina em dias de ócio
num reencontro mais absoluto de nada
e eu como uma camisa-de-força
contenho-me em gritos de silêncio
forçam-me a contar segredos
que até mesmo eu nunca soube
o mundo roda em porfias galantes
e tenho todos os traços sobre a pele
mentiras foram feitas para serem contadas...
eu jogo confeitos na boca apressado
e como os bichos repito minha alegria
quando os sintomas da doença aumentaram
era tarde demais pelos compromissos meus
sou o condenado de muitas chuvas
e ainda quero aquelas velhas revistas
eu como as figuras com total maestria
mesmo que seja com total discrição
no velho banheiro da nova casa...
os morangos se vestem de verde-limão
por uma simples questão estratégica
as varandas dão lições de clara sabedoria
e não há brinquedo só pelos quintais
chegarei algum dia desses com certeza
mesmo que desconheça onde e como foi
viagens acabam sendo assim mesmo
tudo se parece com uma canção bem bonita
mas todos esqueceram de algumas entrelinhas...
tenha muita calma e me espere mais um pouco
vou ali dar um berros de desespero e volto já...
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