sexta-feira, 24 de maio de 2019

Ninguém Ria (Um Poema Pela Paz No Mundo)

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Quando as bombas atingiram seu alvo
Então nada mais estava à salvo
Foi como a despedida da alegria
Ninguém ria...

A ambição sobre-humana
Tão mesquinha, tão insana
Fez os cantos cessarem
Fez as crianças chorarem
Seus brinquedos quebrados
Seus sonhos cessados
Vida curta e cessada
Mais nada...

Quando os soldados assim marcharam
E os velhos generais celebraram
Foi o começo de uma nova agonia
Ninguém ria...

Foram os edifícios caindo
Muitos ossos se partindo
A morte não tem nome
Há frio, medo, sono, fome
Não haverá amanhã
Pai, mãe, irmão, irmã
Uma sina desgraçada
Mais nada...

Quando os dono do mundo tão contentes
Olhavam suas contas-correntes
A sua máquina sofreu avaria
Ninguém ria...

A roda do destino acabou se alterando
Os bombardeios foram cessando
O velho abraçou o menino
Será agora um outro destino
Começarão novos festivais
A guerra morreu, veio a paz
A vida restaurada
Mais nada...

Quando as bombas erraram seu alvo
Tudo enfim estava à salvo
Chegou novamente a alegria
Tudo ria...

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