terça-feira, 28 de maio de 2019

Poema Dualista

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Adormece o que era bom
Esmorece o que era mal
Eu me perco em seu batom
Eu me acho em meu quintal

O sol brilhava e anoitecia
A lua chegava e era de manhã
Eu me agitava em minha apatia
Com toda a preguiça de meu afã

Meu ódio amava cada vez mais
Minha surdez escutava os passos
Há muita tristeza pelos carnavais
Muita solidão em tantos abraços

E vi a mentira sendo tão sincera
E a verdade abrindo mil feridas
A agonia da mais calma espera
A morte vivendo diversas vidas

Eu maquino minha própria morte
Me debato na água para respirar
Estamos todos à mercê da sorte
Onde não conheço é o meu lar

Fui culpado da minha inocência
Precisei adoecer para ficar são
Toda sabedoria não tem ciência
Eu vou indo certo na contramão

Adormece o que era bom
Esmorece o que era mal
Ensurdeço pra escutar o som
De um tão carinhoso temporal...

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