terça-feira, 21 de maio de 2019

Um Poemeto Qualquer


e as margaridas fazem tanta falta
como os alegres manacás...
e eu olho o infinito com uns olhos
quase que de cortina...
eu só sei expressões vulgares
meu senhor! eu só sei...
e os sonhos daqui guardados estão
em vidros vazios de perfume...
esqueci de olhar na folhinha
qual era a festa do dia de hoje...
minha inocência supera de longe
todos aqueles meus medos...
há um convite para cada abismo
e isso pode não ser tão ruim...
há mais carinho dentro de mim
do que no mundo todo...
eu abuso de certas reticências
mas só poderia ser assim mesmo...
são dias tão complicados estes
onde faltam muitos Quixotes nos mercados...
eu queria ter mais um pouco de pressa
e sair roubando teus beijos possíveis...
o tamanho não faz elefantes
e os bichos de pelúcia ainda sorriem...
talvez minha loucura desista do mudismo
e vá para a praça gritar bem alto...
é chato festejar sem ser convidado
mas eu não resisto à um bom carnaval...
se vocês ainda estivessem por aqui
ainda teria um ombro amigo para chorar...

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