terça-feira, 21 de maio de 2019

Natureza do Relativo

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Tão perto... Tão longe...
Os olhos que contam. Aonde estão. No começo ou no final da jornada. Aquilo que me dá saudade por não ter mais. Ou que me alegra por ter chegado enfim...
Tão triste... Tão alegre...
Joguemos a moeda para o alto. Que ela gire e caia com a ordem de comando. Rimos sem motivos ou choremos com estes. Dois tipos de seres numa dicotomia mais que lógica...
Quem perdeu... Quem ganhou...
A necessidade de um resultado final determina as partidas. Tudo é assim. Onde estão as batatas? Os degraus do podium e a escada de Jacó são semelhantes. Hypnos e Thanatos ainda cochilam por aí...
Quem é o alvo... Quem é a seta...
A maldade e a bondade passeiam juntas. Colhem flores no mesmo jardim. Esta dará flores para quem ama. Aquela depositará flores em apagadas lápides. Nada é novo sob o sol...
Eis o tolo... Eis o sábio...
O cidadão comum falará coisas demais do que não sabe. O sábio mostrará toda ciência em infinitos silêncios. O cego tateará até que caia enquanto o profeta será farol na noite...
O covarde... O herói...
Aquele faz o que todo mundo faz. O que ele não tem será o mais importante. Os seus bolsos estão cheios e furados. Enquanto esse segura as nuvens sem esforço algum...
O abismo... As alturas...
Lá no fundo encontramos nossas ilusões. Elas nos esperam para nos sufocar. As quimeras riem por qualquer motivo. Os enigmas na verdade não existem. Nossos céus estão tão perto. A ternura mora neles...
A idade... A eternidade...
Todos nós já nascemos envelhecidos. Os relógios apontam o dedo na nossa cara. Todo moderno tem o seu quê de antiquado. Todos os avanços são obsoletos. Só as tragédias gregas podem ser levadas à sério...
Aves de rapina... E borboletas...
Cada um em seu afã. Os brinquedos se encontram enfileirados. Há encanto para todos os gostos. O certo e o errado. O junto e o espalhado. O inteiro e o quebrado. Tudo faz parte de tudo...
O demônio... O querubim...
Ambos voam em solenes passeios. E acabam dividindo o lanche. Nunca brigaram entre si. O homem é que vem e propõe essa estranha dança. Não são espadas e nem lanças. As trombetas é que fazem o Armagedom...
São os meus... São os teus...
A nossa distância é quase o Universo. Moramos no mesmo lugar e mal nos conhecemos. A rotina de um é a surpresa de outro. A maternidade é bem próxima ao cemitério. Alguns problemas são apenas soluções...
E apesar de tanta coisa vivamos...

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