As estranhas águas que sonhava
O amor que nunca alcançava
O colo de mãe que eu deitava
Foi de um tempo que não voltou
Pois tudo... tudo passou...
Lindas manhãs que eu acordava
E o frio no chão que eu pisava
E os sóis no quintal que desenhava
Um vento malvado tudo levou
Pois tudo... tudo passou...
Aquelas férias que tanto esperava
Os lugares bonitos que eu passava
O mar tranquilo que me banhava
Veio o destino e ele me roubou
Pois tudo... tudo passou...
E a escuridão que eu até gostava
E dentro dela o bacurau cantava
E o lampião velho me iluminava
A casa velha já desabou
Pois tudo... tudo passou...
E um final que eu não aguardava
Final patético que me restava
Um triste andarilho que andava
Por esse mundo que me restou
Pois tudo... tudo passou...
(Extraído do livro "Muitos Dias Já Passaram" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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