Toda a cena se repete...
em um pedaço de céu
e em outro pedaço de inferno
que eu nem mesmo sei...
Ávidamente mergulho...
e preocupado falta-me
todo o ar possível
numa tal impossibilidade...
É esse vento insistente...
que acabou esquecendo
de escrever datas mortas
em seu caderno amarelado...
Não há poesia alguma...
e pode ser este o motivo
que acabo vomitando
muitos sentimentos de uma vez...
As estruturas são assim...
os velhos ossos jazem imóveis
todavia possuem o eterno
pelo próprio esquecimento...
Eu observo em aflição...
para a chegada do impossível
só um minuto ou um segundo
já é mais que suficiente...
São gestos calculados...
e a mentira transforma-se
na mais real e verdadeira
das hipóteses apresentadas...
Cada detalhe fascina...
e como um caçador
acabo reparando detalhes
que não se repetirão nunca...
Queria eu roubar a cena...
mas as palmas e as vaias
é o prato servido
para que está na plateia...
Toda a cena se repete...
quantas vezes eu quiser
na aflição barata
de quem tem suas manias...
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