Um dia acaba... Tudo ou quase tudo acaba... E neste dia se gostarmos que se acabou, comemoremos. Se não, olhemos para o chão em baixo choro, só isso...
Acaba o bom e acaba o ruim, a esperança e o desespero se despedirão e irão embora no mesmo navio em busca de outras terras...
Um dia acaba... Acabam as guerras e os soldados poderão, se vivos estiverem, retornar para casa, com feridas ou medalhas, pouco importa, contar suas histórias, verdadeiras ou não... E as bombas não mais explodirão sobre as cidades, os meninos não chorarão mais e nem as flores serão destruídas. A fumaça não mais apagará o céu...
Acaba quem mata e quem morre, o agressor e o agredido, o que zombou de verdades que não mudam e o que acreditou até a última hora...
Acaba quem mata e quem morre, o agressor e o agredido, o que zombou de verdades que não mudam e o que acreditou até a última hora...
Um dia acaba... Acaba a ganância dos homens e seus sonhos mais mesquinhos, as fronteiras não mais terão motivos de existir. A única cor será a humana, o único credo será Deus. Cercas e grandes e muros não terão mais motivos de existir...
Acaba o burguês e o proletário, quem fez maravilhas com suas pobres mãos e quem explorou mesquinhamente por um dinheiro que não o seguirá em sua partida para o além...
Um dia acaba... Acabam todas as idades, a areia engole todos os países, o tempo amarela todas as folhas e as faz cair. Aproveitamos enquanto houverem flores para o deleite de nossos olhos e o encanto de nossas almas...
Acaba o jovem e o velho, o que amou e o que foi amado, quem nunca proferiu uma palavra e quem disse todas elas, os que conheciam as cores e os que viram o escuridão...
Um dia acaba... Os pesadelos mais sinistros e os sonhos mais agradáveis, aquilo que chamamos em vão ou não, aquilo que para não vermos, damos a volta pela rua de cima. A ovelha não dará mais lã e nem o lobo atacará mais o rebanho...
Acaba a luz e a treva, todas as cores se misturam e não há mais estética alguma para ser preservada, tudo ferirá os olhos numa rotina entediante...
Um dia acaba... Acaba o que fazer e o que não se faz mais, as opiniões se recolhem à sua insignificância e as regras não mais úteis em hora alguma. Até o niilismo acaba indo para as prateleiras, dentro de algum livro que não se quer mais ler...
Acaba a fama e o anonimato, o herói do dia acaba fugindo e o covarde enfrenta mais de um, tudo vira a simples inversão que os espelhos fazem sempre...
Um dia acaba...
(Extraído do livro "Eu Não Disse Que Era Poeira?" de autoria de Carlinhos de Almeida).
Acaba o burguês e o proletário, quem fez maravilhas com suas pobres mãos e quem explorou mesquinhamente por um dinheiro que não o seguirá em sua partida para o além...
Um dia acaba... Acabam todas as idades, a areia engole todos os países, o tempo amarela todas as folhas e as faz cair. Aproveitamos enquanto houverem flores para o deleite de nossos olhos e o encanto de nossas almas...
Acaba o jovem e o velho, o que amou e o que foi amado, quem nunca proferiu uma palavra e quem disse todas elas, os que conheciam as cores e os que viram o escuridão...
Um dia acaba... Os pesadelos mais sinistros e os sonhos mais agradáveis, aquilo que chamamos em vão ou não, aquilo que para não vermos, damos a volta pela rua de cima. A ovelha não dará mais lã e nem o lobo atacará mais o rebanho...
Acaba a luz e a treva, todas as cores se misturam e não há mais estética alguma para ser preservada, tudo ferirá os olhos numa rotina entediante...
Um dia acaba... Acaba o que fazer e o que não se faz mais, as opiniões se recolhem à sua insignificância e as regras não mais úteis em hora alguma. Até o niilismo acaba indo para as prateleiras, dentro de algum livro que não se quer mais ler...
Acaba a fama e o anonimato, o herói do dia acaba fugindo e o covarde enfrenta mais de um, tudo vira a simples inversão que os espelhos fazem sempre...
Um dia acaba...
(Extraído do livro "Eu Não Disse Que Era Poeira?" de autoria de Carlinhos de Almeida).
Nenhum comentário:
Postar um comentário