Somos o que somos da forma mais extrema possível! Entre dados e fatos quase nunca escritos. E entre as necessidades mais do que básicas bailamos num interminável vai-vem que nos atordoa, mesmo quando estamos cientes de tal fato...
Contamos todos os nossos instantes feito trocados. E os guardamos para que o desperdício seja o mais bem aproveitado possível. Os nossos olhos fechados e as nossas narinas sempre abertas. Os nossos ouvidos captando os sons mais incômodos sem muito se incomodar com isso...
Somos o que somos da forma mais extrema possível! E cuidamos de nossas celas com o extremo cuidado que possamos ter. Onde estão as chaves para nos libertar? Esses caíram no chão há muito e nem notamos...
Grandes esquecidos de certeiras lições, repetimos nossos erros em incontáveis vezes e a nossa lista de adjetivos vai aumentando vertiginosamente até a derradeira exaustão. Leia uma simples página deste livro e já teremos lido todas...
Somos o que somos da forma mais extrema possível! E os paradoxos que preparamos são o prato do dia. Nossas mentiras foram feitas de tanta sinceridade, nós mesmos nelas acreditamos piamente. Somos grandes mitômanos, sabia? Veja um livro de história e terá toda certeza disso...
Invertidamente fazemos nossas tarefas de escola, com grandes superlativos. Somos sempre as vítimas e nunca os réus, mesmo quando a arma do crime estava em nossas mãos e o sangue da vítima em nossa camisa...
Somos o que somos da forma mais extrema possível! Cultuadores do absurdo, acreditamos naquilo que não acreditamos, fazendo tudo, exceto o necessário. Grandes malabaristas, nos preparamos todos os dias para o grande salto em nosso próprio abismo...
Em cada passo que damos, tropeçamos. Em cada tranquilo sono, a mais nova invenção de um pesadelo. Nada é o mesmo no dia seguinte. E não há como reclamar. Na verdade, todos os rios vão de acordo com as nossas vontades, mas nós mesmos não a conhecemos. Tudo é neblina e sombra à nossa volta...
Somos o que somos da forma mais extrema possível! E mesmo em nossa pureza, sempre haverão terceiras e quartas intenções. As flores morrem sempre, mas morrem mais depressa ainda quando são arrancadas. Arcaicos, mesquinhos, contraditórios, cheios de orgulhos, orgulhosos até de nossos ridículos...
A piada ainda não foi totalmente contada, já achamos graça. Rimos e rimos muito. Como carneiros que se enganam e querem se transformar em brancas nuvens, mas o branco acaba se misturando com vermelho. Aos mais sábios, a tolice. Aos vencedores, as batatas...
Somos o que somos da forma mais extrema possível! Na hora, o grande susto; vinte e quatro horas depois, o horror expresso em nojo, o ar mais que irrespirável. Depois, a praxe sempre acaba funcionando, eis as providências e as mesmas frases inúteis...
Não é que nada valha, é ao contrário, tudo vale, mas acabamos misturando tudo como um demente com o baralho nas mãos. Cuidado com as cartas que você dá, certos substâncias letais matam mais pela simples absorção. Cuidado onde toca, tapetes de vidro e camas de pregos são a última moda...
Somos o que somos da forma mais extrema possível! Sabendo de tudo e não sabendo de nada ao mesmo tempo. Alguns alunos que não passaram no teste, outros que foram expulsos da escola...
Vamos então, como sempre fizemos e faremos, numa última oração desejar que acordemos para o dia seguinte, mesmo que a mediocridade venha nos ferir ou os problemas venham nos esbofetear. O bordado nunca está terminado...
Somos o que somos da forma mais extrema possível! Sobrevivendo ou subvivendo?...
(Extraído do livro "Eu Não Disse Que Era Poeira?" de autoria de Carlinhos de Almeida).
A piada ainda não foi totalmente contada, já achamos graça. Rimos e rimos muito. Como carneiros que se enganam e querem se transformar em brancas nuvens, mas o branco acaba se misturando com vermelho. Aos mais sábios, a tolice. Aos vencedores, as batatas...
Somos o que somos da forma mais extrema possível! Na hora, o grande susto; vinte e quatro horas depois, o horror expresso em nojo, o ar mais que irrespirável. Depois, a praxe sempre acaba funcionando, eis as providências e as mesmas frases inúteis...
Não é que nada valha, é ao contrário, tudo vale, mas acabamos misturando tudo como um demente com o baralho nas mãos. Cuidado com as cartas que você dá, certos substâncias letais matam mais pela simples absorção. Cuidado onde toca, tapetes de vidro e camas de pregos são a última moda...
Somos o que somos da forma mais extrema possível! Sabendo de tudo e não sabendo de nada ao mesmo tempo. Alguns alunos que não passaram no teste, outros que foram expulsos da escola...
Vamos então, como sempre fizemos e faremos, numa última oração desejar que acordemos para o dia seguinte, mesmo que a mediocridade venha nos ferir ou os problemas venham nos esbofetear. O bordado nunca está terminado...
Somos o que somos da forma mais extrema possível! Sobrevivendo ou subvivendo?...
(Extraído do livro "Eu Não Disse Que Era Poeira?" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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