Eu tenho passado por várias enchentes,
Enfrentado várias correntes,
Mas mesmo nas feridas que fecharam
Toda a minha dor continuou
E tudo que passou, não passou...
Maldades que fizeram contra mim,
Quebraram o brinquedo, mataram o jardim,
Isso foi embora com o tempo
Mas minha memória tudo registrou
E tudo que passou, não passou...
Tudo que foi partiu, os que amei partiram,
As paredes dos meus castelos caíram,
Tudo será uma alucinação ou um pesadelo?
E eu escuto passos silenciosos pelo corredor
E tudo que passou, não passou...
E enquanto vou caminhando à esmo,
Existe um lindo sol, mas não é o mesmo,
Cada sol existiu e não mais existirá...
Meu médico um novo remédio receitou
Mas tudo que passou, não passou...
(Extraído da obra "Muitos Dias Já Passaram" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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