Bilhões... a satisfação garantida
ou seu dinheiro foi embora...
e os cavaleiros andam solitários
mais do que o vendedor de sonhos
na porta da empresa...
Milhões... atenção desperdiçada
para pequenos detalhes...
e os doces acabam sendo amargos
como tudo o mais aquilo
que não poderíamos esperar...
Milhares... a perda do fôlego
afogados num pequeno aquário...
gaiolas fabricadas diariamente
para que nenhuma desculpa
acabe dando certo...
Centenas... a fé redobrada
num pequeno desconhecido...
e a mais cintilante purpurina
não poderá disfarçar
aquele rosto mais feio...
Dezenas... é dado o sinal
e as multidões vão enfileiradas...
e o condenado tem pressa
para o grande espetáculo
de sua execução...
Unidades... procura-se em vão
o motivo de qualquer riso...
quase nunca sabemos
onde afinal vamos parar
e porque estamos fantasiados...
(Extraído do livro "Insano" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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