Quando revejo tantas velhas páginas
até eu me estranho
Parecem escritas noutra língua
feitas noutro tamanho
Com um tipo de rima mal acabada
e até mesmo grosseira
Pois eu enxergava todas essas coisas
duma diferente maneira
Sinceramente parece que não sou eu
parece que sou um estrangeiro
Porque naqueles tempos que já foram
eu tinha um outro paradeiro
Eu era o menino e agora sou o velho
a rua era minha e agora não
Eu era dono das manhãs senhor dos dias
e hoje eu só tenho a escuridão
Eu poderia rir de toda e qualquer coisa
o vento escutava minha risada
Foi num tempo que eu não tinha um teto
hoje eu sou a casa abandonada
O meu quarto possuía as paredes do mundo
era desse jeito que eu vivia
Hoje ainda vivo e não sei mesmo se vivo
e o tempo me traz tanta agonia
Quando revejo tantas velhas páginas
aquilo que escrevi primeiro
Relembro de outras aventuras que vivi
mas era um outro aventureiro...
até eu me estranho
Parecem escritas noutra língua
feitas noutro tamanho
Com um tipo de rima mal acabada
e até mesmo grosseira
Pois eu enxergava todas essas coisas
duma diferente maneira
Sinceramente parece que não sou eu
parece que sou um estrangeiro
Porque naqueles tempos que já foram
eu tinha um outro paradeiro
Eu era o menino e agora sou o velho
a rua era minha e agora não
Eu era dono das manhãs senhor dos dias
e hoje eu só tenho a escuridão
Eu poderia rir de toda e qualquer coisa
o vento escutava minha risada
Foi num tempo que eu não tinha um teto
hoje eu sou a casa abandonada
O meu quarto possuía as paredes do mundo
era desse jeito que eu vivia
Hoje ainda vivo e não sei mesmo se vivo
e o tempo me traz tanta agonia
Quando revejo tantas velhas páginas
aquilo que escrevi primeiro
Relembro de outras aventuras que vivi
mas era um outro aventureiro...
(Extraído do livro "Muitos Dias Já Passaram" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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