Fecho os olhos,
não quero a estrela,
ela é tão bonita,
mas não quero vê-la
Estrela malvada,
não sou quase nada,
dormi na calçada,
minha vida errada
Me faço de surdo,
nem quero escutar,
sua voz tão bonita,
melhor nem falar
Estrela vadia,
matou o meu dia,
eu bem que queria
ser tua alegria
Me faço de mudo,
sem ter canção,
sua maldita,
não tem compaixão
Estrela ingrata
bandida, pirata
quase me mata
fora da data
Me faço de idiota,
enquanto não sou,
segue tua vida,
procuro outro amor
Estrela perdida
a morte é vida
sem teto, guarida
não mais querida
Até o mal pode fazer bem,
não gosto mais de nada e nem de ninguém...
(Extraído do livro "Eu Não Disse Que Era Poeira?" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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