Não é porque sou poeta,
Mas porque tenho o que contar,
Transformo em muitas palavras
O que tem no meu olhar
Como a carne dos dias,
São muitas dores e alegrias,
Daqui e do lado de lá,
Só a morte vai me parar
Não é porque sou poeta,
Mas faço da vida um escrever,
Batalho como emoções e gestos,
Mas nunca irei me render
Engulo todas essas cores,
Fixo no papel as minhas dores,
Por todos, também por você
Só paro quando eu morrer
Não é porque sou poeta,
Eu falo do que eu vi e não vi,
Da fumaça que sobe aos ares
E das estrelas que irão cair
O meu tempo sempre à confundir,
Falo do que passou, do que há de vir,
O tempo maltrata, mas é companheiro,
Falo do mar revolto, do vento ligeiro
Não é porque sou poeta,
Mas porque tenho que contar,
Manipulo as muitas palavras
Que tem o meu respirar...
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