a flecha é disparada,
o alvo é marcado,
o que deu, deu em nada,
tudo está acabado
a promessa é quebrada,
o acordo é desfeito,
não há mais jogada,
nem pra tudo há jeito
E como autômatos vamos andando, sem pressa alguma, sem vontade, é pura ilusão pensarmos que escrevemos a nossa história, ela já está escrita desde a fundação dos tempos.
os versos são escritos,
a palavra engolida,
sejam benditos ou malditos,
é o que chamamos vida
a paixão acontece,
a dança nos cansa,
na praga ou na prece,
a alma não descansa
Só existe uma tábua no meio do mar revolto, ainda que a tempestade continue, mesmo que sol nos queime a cara e o sal corte nossos lábios, a esperança é a mais forte de todos.
o míssil é disparado,
o aviso esquecido,
o santuário profanado,
o prêmio imerecido
o alvo é marcado,
o que deu, deu em nada,
tudo está acabado...
(Extraído da obra "Eu Não Disse Que Era Poeira?" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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