Sem nenhuma estrela no bolso,
Dessas estrelas vadias
Que enfeitam os céus
De um triste e solitário...
Desarmado...
Sem defesa contra a escuridão da noite,
Dos bichos que a povoam,
De seus males abundantes
Que podem me engolir...
Desarmado...
Sem unhas e também sem dentes,
Nu do jeito que eu nasci,
Sem esperança alguma
De encontrar a felicidade...
Desarmado...
Sem nenhum argumento plausível,
Desprovido de um grito,
De um segredo ou enigma
Que me permita asas...
Desarmado...
Sem nenhum motivo para festa,
Fumando pontas velhas,
Comendo somente sobras,
Sou apenas um decadente...
Desarmado...
Sem algum anel nos dedos,
Sem algum amor vulgar,
Falta-me um beijo sujo
Como qualquer um tem...
Desarmado...
Sem nenhuma estrela no bolso,
Dessas estrelas pequenas
Que enfeitavam coisas antigas
Que eu não tenho mais...
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