Desnecessárias algumas palavras
Já que parece que o teto acabou de cair
E na sala dos milagres falta o meu...
Não tenho culpa se o vidro se quebrou...
Vejo aparições um tanto inexistentes
Enquanto o medo brinca comigo
Até que o cansaço me acompanhe...
Tenho dúvida se tenho alguma dúvida...
Um peso e mais de uma medida
Eis o motivo maior de minha revolta
Como de todos fantasmas do calabouço...
A corda da forca balouça calmamente...
Nossa fome diz feios impropérios
Enquanto espectros entram na fila
Por mais um consolo meio banal...
Saltimbancos saltam os bancos...
Enquanto fiéis afiam suas navalhas
Para o grande evento que há de ser
Como na verdade nunca foi antes...
Toda medida acaba sendo inexata...
Minha sofreguidão acaba errando...
Eu sou o menor de todos os menores...
E qualquer música empresta o ritmo
Para que me desespero embonite
Antes de qualquer uma fatalidade...
Houveram mais de trezentos em Esparta...
Todos os ouros acabaram de acabar
E só sobraram brinquedos sumidos
Tal qual uma beleza esfacelada...
Meu sono é esperto e sabe escapar...
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