É o que temos para hoje...
É o que temos para agora...
Meu caro senhor,
Minha cara senhora...
Tudo que é certo - invertido,
O que é bom foi embora...
Nem sabemos se foi...
Não sabemos se veio...
A estética é indecisa,
Sem bonito e nem feio...
Tudo vai para um canto,
Nada anda no meio...
É o que temos para a janta...
É o mesmo que foi o almoço...
É melhor aceitarmos
Sem fazer algum alvoroço...
Tudo o que envelheceu,
Um dia já foi o moço...
Nem sabemos se presta...
Não sabemos se não...
Falamos sempre de amor...
O desejo não tem compaixão...
E a nossa hora chegará,
De irmos para a extinção...
É o que temos para o café...
A mesa já está formada...
Cremos em quase tudo
Com nossa fé abalada...
São tanta as montanhas,
Essas montanhas de nada...
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