Paracatus e parangolés
Eu vejo a tua forte maquiagem
E teu sorriso meio que meio
Vamos dançar que nem dois loucos
Nesta praça, sós, sob a chuva?
Invisíveis somos, e daí?
Em apenas dez segundos
Passarão dez segundos
E nos próximos outros mais
Quero estar onde estou
Até não estar mais
Até quando caírem os dentes
E olhar só para o alto
Curumins e remandiolas
Braços abertos em cruz
Batalhas de confete
Para novos carnavais
Enterrei alguns ontem
Esqueci se comi alguma coisa
O sentido da vida é sentir
Cafés em exagero
E cigarros me matando
Tatuagens que estão na moda
E elefantes de porcelana
Vaticínios de pitonisas
Que mascam seus chicletes
Piriguetes e meliantes...
(Extraído do livro "Farol de Nulidades" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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