sexta-feira, 21 de julho de 2023

Carliniana XVIII (Um Jardim de Segredos de Ninguém)

Com ninguém, para ninguém, de ninguém...


Vejam esse jardim tão seco, desolado, quieto,

Sem flor alguma para poder lhe enfeitar,

Com apenas algumas ervas sem nome ou encanto...

Dele não parte nenhuma palavra ou verso,

Algum simples suspiro de amor é desconhecido,

Nunca teve alguma nota musical,

Os passarinhos não lhe fazem alguma visita...

Não tem cor alguma que o possa alegrar,

Não possui algum motivo para deleitar os olhos,

Não é digno de atenção alguma de alguém...

Não faz esforço algum para ser mais bonito,

É apenas jardim porque alguém lhe deu esse nome,

Para muitos parece apenas um quintal baldio...

Possui apenas algumas esparsas lembranças,

Na forma de folhas mortas e alguns fragmentos

Que não chamam atenção de quem por ele passa...

E afinal, que jardim desolado é este aí?

É o jardim do meu coração e de todos os homens...


Com ninguém, para ninguém, de ninguém...

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