segunda-feira, 17 de julho de 2023

Carliniana I

 Zim-zom-zim...

Estou feliz como vaca de presépio,

Andei mais de trezentos metros

Para ser roubado!

Feliz demais, comprei meio quilo de café,

Com sei lá que mistura de insetos

E otras cositas más!

Ainda sobraram umas filipetas 

E lá sei quantas moedas

no bolso da velha camisa!

Vontade de dançar um tango, uma rumba,

Velhos malucos são assim,

Não há outra coisa!

Também comprei pimenta também

Essa porra nem ardida é

Mais um embuste pra nós!

Comprei um quilo de farinha

Pelo preço deveria ser de ouro

Nem engasgar se pode mais!

Há novos kamikazes por aí

Querendo seus segundos de lama

Enquanto a morte vem!

O trem atropelou a triste Thereza

Tomou umas cervejas antes

E não chegou na festa!

A vida é mais um quebra-cabeças

Onde batemos de cabeça na parede

E caprichamos na força!

Um só palavra só bosta

E mesmo assim o silêncio

Mata tudo aos poucos!

Estou quase um pinto no lixo

Lixo esse que é o mundo

Com suas tretas e petas!

A cara da apresentadora me enjoa

Com seu falso otimismo

Que só lhe ajuda!

Cabelos de boneca velha

Restos na quentinha

Fora da geladeira!

Tenha um bom dia, agonia,

Um dia como qualquer um

Entre guerras e desfiles!

Só consigo enxergar carlianianas

Nesse curto caminho sem fim

Feito um balaio de gatos!

Zim-zom-zim...!

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