segunda-feira, 17 de julho de 2023

Carliniana IV (O Eco de Um Sonho Oco)

O último biscoito no prato do lanche

(Campo de batalha de farelos)

Alguns dedos de suco no copo azul

(Talvez um novo oceano amarelo)

O velho ventilador coberto de poeira

(Caçador de mosquitos incômodos)

Meio frio da porta da sala aberta

(A tranquila rua virou selva noturna)

Reacenderei o cigarro que jaz apagado

(No túmulo improvisado de algo cinzeiro)

Faltam-me agora periquitos e calopsitas

(E aquela canária que o gato comeu)

Como era medíocre o meu inglês

(Assim como minha inaptidão com bikes)

E minha timidez mais desastrosa

(Avalanche total desse meu Himalaia)

Tateio como um cego enxergando

(Sem dúvida ele estranha o estranho)

E deve estar passando agora uma comédia

(Mas eu estou sem vontade alguma de rir)...

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