sábado, 29 de julho de 2023

O Rastro da Serpente

 

Monocórdios 

Assuntos de estado

E as visões

Para gelar o sangue

Enlouqueço

Querendo o que não

Viver não é fácil

Mas morrer é simples

Sepultar nem tanto

Modismos

Única necessidade

Fome canina

Cadê os meus ossos?

Roupa velha

Mais velha a carne

Marcas quase eternas

Séries sem graça

Mataram nosso rei

Esconderijos

O meu é teu corpo

Pecadilhos

Fazem alguma falta

Minha dor

Assinou um contrato

O verme nas tripas

As cáries nos sorrisos

Me droguei sem drogas

Inutilidade

Escada de nuvens

Praia vazia

Com garças talvez

Barcos velhos

Aportados na lama

A serpente rastreia

Sem ninguém vendo

Seu próximo bote...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Alguns Poemetos Sem Nome N° 322

O amanhã é o hoje com requintes de ontem. Todo amor acaba sentindo raiva de si mesmo. Os pássaros acabam invejando as serpentes que queriam ...