A noite é um cobertor mesmo que frio...
Todos os passos são contados
Vamos dançar em completa solidão
Sobreviver é a nossa grande meta...
Todo risco é quase um parto...
O corpo exige todas as coisas
É como um dançarino que enlouquece
E só vai parar quando na exaustão...
O calendário traz a sua decepção...
Vamos dispensar todo o essencial
Todos os bons planos acabam falíveis
Enquanto todas as fogueiras esfriam...
A virtude é o erro que deu errado...
É certa piedade e ternura entre escombros
Flores não escolhem lugar para nascerem
Assim como a poesia em velhos muros sujos...
Esqueça o engano das propagandas...
Já roubei de mim mais que o suficiente
E me tonteei com a minha própria ciranda
Todo morto poderá ter seu último desejo...
Pena que à noite as carpideiras estejam dormindo...
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