A meia está rasgada
E a nudez está completa...
A indecisão nos conduz
Para um jardim de delícias...
Os sábios não compreendem
Esta minha loucura...
A sinceridade acabou
Fechando-me os olhos...
Nunca mais direi teu nome
Senão com meus olhos...
Toda languidez acaba
Dando-me um certo sono...
Duvidosas minhas palavras
Engole-me minha solidão...
Quase morri dia desses
Para provar o meu nada...
Um toque marcial
Invadiu todo ar...
Um ar de tristeza
Acabou sendo tão comum...
Estado perigoso
Para todos que amam...
Para tanto precisamos
De apenas um pouco...
É uma velocidade máxima
Em câmera tão lenta...
Fixei nas fotografias
Todos os meus desenganos...
Uma nova rodada
Para um jogo de vaidades...
Um sorriso tão cínico
Se espalhou pelo ar...
Circunstâncias mais diversas
Compõem como uma pintura...
Uma nudez bêbada
E sem caminho algum...
Escondo-me nesta selva
Feita de simples concreto...
A chave caiu no chão
E acabou se perdendo...
Façamos um brinde solene
Para o nada que chegou agora...
(Extraído do livro "Farol de Nulidades" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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