quinta-feira, 27 de julho de 2023

Alguns Poemetos Sem Nome N° 241

É uma arapuca do destino,

É mesmo, é!...

Amar pessoa errada,

Sonhar com o impossível,

Escolher perigos cruéis,

Desafiar a saudade,

Jogar fora o tempo...

É uma arapuca do destino,

É mesmo, é!...


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O trem evem,

O trem evai,

Nunca se sabe quando,

Nunca se sabe onde,

Nunca se sabe quem vem,

Nunca se sabe quem vai,

Só se conhece pelo barulho

E algumas vezes (raras)

Pela sua fumaça...


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A saia dela tem feitiço

O feitiço duma graça interminável

O meu desejo quase me afogando

O caos que vem me carinhar

A resposta que nunca vou entender

O rodopio que é mais que vento

A tontura que acabo gostando

Tudo isso na saia dela...


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Tudo marcado num certo livro

Choros com razão e choros fúteis

Desejos comuns e desejos vedados

Caras estranhas com muita vaidade

Sorrisos preciosos e outros cínicos

E um festival de egos para cegos...


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Acabei comprando um mar!...

Não custou muito não...

Tinhas umas moedas de sonho

Aqui no meu bolso de lembranças...

Juntei todas elas e deu certinho...

Um mar desses de azul bem bonito,

Um azul bem caprichado...

Acabei comprando um mar!...


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Toda nudez será notada

Toda mudez será escutada

Toda lucidez será olhada

Toda embriaguez será celebrada

Toda solidez será derrubada

Toda rispidez será cortada

Toda avidez será parada...


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O tempo do show é tão curto

Todos nós temos o nosso

As flechas que cortam o ar são detalhes

Cada dor é mais um enfeite

Até nos rimos quando dói

Há uma trilha sonora para cada um

Mesmo quando ela é o silêncio...


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