terça-feira, 25 de julho de 2023

Alguns Poemetos Sem Nome N° 240

Guardo em mim todos os desastres,

Todos as mancadas,

Os mais tolos erros...

Como cicatrizes, amores falhos,

Planos que falharam,

Saudade aos montes...

Feito um velho baú,

Uma gaveta esquecida,

Uma carta perdida...

Guardo em mim toda tristeza...

Só isso...


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Se aquele beijo acontecesse

(Mesmo que não fosse o melhor do mundo,

Sem fundo musical apropriado

Igualzinho a uma cena de novela...)

Pelo menos a lembrança dele

Sobreviveria à essa minha noite eterna...


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Não consigo dar um passo

sem que o corpo canse,

sem que a perna fraqueje,

sem que o medo de cair chegue...

Não consigo respirar direito

sem que a exaustão levante o dedo,

sem que o tempo não faça cara feia,

sem que a morte verifique a lista...

Mas a minha teima é mais teimosa...


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Levantou um copo vazio

com um drink imaginário,

Olhou para todos os rostos

que não estavam lá,

Fez discurso lembrando

os sucessos que não houveram,

Implorou para aquele Deus

que não acreditava,

Bebeu com gosto total

do seu resto de saliva,

Pensou que era carnaval

e era dia de finados...


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Quero e teimo na mesma brincadeira,

Fazer alguns versos meio desajeitados,

Assim, tipo que estão fora de moda,

Não falarei do otimismo que não tenho

(Acho que a tolice não gosta muito de mim),

Mas de um mundo, um outro mundo,

Que se não construí com as mãos,

Construí com alma usando os sonhos...


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Isso se chama chama

Coisa bonita que pode queimar

Pássaro que não tem asa

Indo pra lá e pra cá

Ela não tem olhos

Mas pode fazer enxergar

Clareia no meio da noite

Aquece aonde está

Isso se chama chama...


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Aquilo que sangra, tem sangue, 

Mas até o que não é, pode ser,

Lágrimas são água, mas sangue também,

Sonhos mortos, também sangram,

Amores desfeitos tingem de vermelho

Todas as mãos que lhe alcancem,

Aquilo que tem sangue, sangra...


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