Mística sem mística
Aquilo que não queria é o que tive
Velhas embalagens num monturo
E promessas quebradas sempre
Num velho campo de barro
(Com poeiras de pés, é claro)
Disputa decisiva de campeonato
Tudo é quase permitido
Até sangrar joelhos pelas quedas
Lógica sem lógica
O talento desperdiçado em necessidades
Toda caretice numa pura sacanagem
A nossa rebeldia de nada adiantou
(A grana compra versos sempre)
Os heróis desdizem suas preces
Enquanto a carne é fraca
Como a espuma que não existe mais
Ética sem ética
Gregos e troianos se matam por matar
Tudo que dá lucro acaba virando meta
E um capitalismo hediondo cala bocas
Toda mentira é via de regra
(Como pensar e se arriscar sempre)
Eu jurei mil amores só por jurar
Mas sou apenas mais um dos incapazes
Que vivem claudicando pelas calçadas
Mágica sem mágica
O jogo começou e a bola é quadrada...
(Extraído do livro "Farol de Nulidades" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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