Naquela comitiva de estrelas
Com sonhos mais simples
Com a roupa azul que eu gostava
Num contentamento que chegava doer
Não fui...
Naquele amontoado de nuvens
Com trajes dos anjos
Com o antigo menino que fui
Num tempo em que perdi a conta
Não fui...
Num cotidiano de loucos automóveis
Com uma luta tão insana
Com homens disputando nada por nada
Num novo apocalipse dos dias
Não fui...
Naquele eterno namoro de versos
Com a simplicidade de uma fogueira
Com o fogo necessário para histórias
Num emaranhado de alguma ternura
Não fui...
Naquele fim que se espera e não
Com meu medo feito uma necessidade
Com a corrida por tantas ruas noturnas
Num silêncio absoluto feito de gritos
Não fui...
(Extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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