O poeta morre em cada linha que escreve,
Em cada verso que ele executa,
Em cada composição que é formada.
Seu sangue vai se esvaindo aos poucos...
O poeta morre em cada partida inesperada,
Em cada bomba que explode,
Cada maldade comemorada pelos homens.
Seus batimentos cardíacos acabam enfraquecendo...
O poeta morre em cada beleza que perece,
Em cada amor que foi traído,
Em cada encontrou que não aconteceu.
Ele agora respira com toda a dificuldade...
O poeta morre com toda banalidade que triunfa,
Em toda a rotina que vem para ficar,
Pobres sentimentos do qualquer lugar-comum.
Nem sempre sobreviver é viver...
O poeta morre quando acaba o carnaval,
Em todo silêncio inquietante que não queria,
Toda palavra escrita ou falada que faz sofrer.
Seu diagnóstico é o pior dos possíveis...
O poeta morre quando o mar perde o encanto,
Em todas as velas que agora jazem pelo cais,
Nada há mais para descobrir e nem temer.
Este é o grande fim do caminho...
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