sexta-feira, 27 de abril de 2018

Nada Novo

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Nada novo. Tudo igual. A novidade é tão banal. É o que eu quero. Com seu final. É a cidade. É o rural. Felicidade. Cadê a tal? Atravessei. Não vi o sinal. Pra cada dia. Basta seu mal.
Nada novo. Tudo correto. Cada confissão. Tudo secreto. Esqueceram das nuvens. Veio o concreto. Não tem camelo. No meu deserto. Me sinto o grande. Como um inseto. E o teu beijo. Meu objeto. E aquela paixão. Foi meu decreto.
Nada novo. Só é brincadeira. Faço discursos. Falo besteira. Vamos dar um mergulho. Na ribanceira. Se tem funeral. Viva o Zé-Pereira. Onde está o morto? Está na esteira. E eu na rede. Tenho pasmaceira. Vamos pra casa. Suba a ladeira.
Nada novo. Onde é que estou? Eu estava aqui. Sou mais um triste. E nem percebi. Era essa a piada? Até que eu ri. Quem salvou o meu sonho? Salvador Dali. Estou ficando ansioso. Tenho um piriri. Por não ter argumentos. É que me convenci. 
Nada novo. Está tudo bom. Nem sei cantar bonito. Saio do tom. Não mexa nesta caixa. É meu bombom. Às vezes estou sozinho. E às vezes com. O dia nasceu quase cinza. Quase um marrom. Quase estou surdo. Foi culpa do som.
Nada novo. Nada nasceu. Ainda pergunto. Que rei sou eu? De vez em quando. Me sinto um fariseu. Levei um soco. E nem doeu. E aquele sonho. Já se perdeu. E até o meu medo. Esse se escondeu. Por que essa cara? De boi-lambeu. Muito prazer. Seu Já-morreu.
Nada novo. São velhas revistas. E nossos crimes. Deixaram pistas. São tantas guerras. Que encheram listas. Com tantas novidades. Gastei as vistas. Caprichem nas favelas. São para os turistas. 
Nada novo. É tanta rima. Quando não chega o amor. Pintou um clima. Somos todos iguais. Falta o carisma. Mas eu ainda teimo. Maldita cisma. Tinha algum espinho. Mas era lima.
Nada novo. Nem as novidades...

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