Podem acabar todos os caminhos,
Podem esfriar todos os verões,
Podem rasgar a minha blusa
E me arrancar todos os botões.
Podem me incomodar pela manhã,
Podem gritar à plenos pulmões,
Podem tirar todo o meu tempo
E deixar apenas algumas frações.
Podem fazer mil perguntas chatas,
Podem me encher de tolas indagações,
Podem construir milhares de muros
E distribuir mais medo entre os porões.
Podem distribuir todas as tristezas,
Podem piorar as nossas condições,
Podem inventar essas novas guerras
Trazendo injustiça e dor à milhões.
E ainda podem me arrancar o amor,
Não é preciso lhes dar satisfações,
Ainda terá restado a minha alma,
Ainda são jovens os nossos corações...
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