Desculpem-me, poetas. Não era a minha intenção ser chamado como se fosse um de vocês...
Não foi, não é e nem será a minha pretensão ser celebrado por versos bonitos, por imagens perfeitas, por uma metrificação exemplar digna de elogios e aplausos como só os senhores da gramática poderão receber...
Os meus versos(se podem assim serem chamados), pobre versos, são apenas quando muito suspiros que a alma não pode evitar, apenas pequenas explosões que aconteceram lá dentro e acabaram saindo. Os meus poemas, são meus pobres filhos que reclamam que lhes falta e têm tanta fome...
Desculpem-me, poetas. Não era a minha intenção chocá-los com coisas feias...
É que meus olhos só conseguem ver coisas feias e tristes. Escuto choros o tempo todo ferindo os ares. A vida é um complicado labirinto que na verdade não queremos sair...
Queria eu ver mais cores, ser ao menos um pouco mais delicado naquilo que eu mostro, naquilo que construo. Mas os meus dedos já se acostumaram apontar caminhos, caminhos muitas vezes não são nada suaves. Eu vejo ainda muita covardia por aí e as covardias sempre me incomodam...
Desculpem-me, poetas. Eu não queria permanecer aqui parado...
É que não conheço os passos da dança e meus pés cansaram-se muito pelo caminho que tenho andado até agora. As fogueiras se apagaram antes mesmo que a noite terminasse...
Foi há muito tempo atrás, muito tempo mesmo, em que o menino chorava por brinquedos quebrados, por sonhos desfeitos. Sou apenas um pobre órfão do sonho, um retirante que foge da seca da própria vida e da maldade da qual também é minha própria natureza...
Desculpem-me, poetas. Elemento nocivo, daninho, tais como as plantas indignas de figurar entre as flores, sem enfeites, sem perfumes, ainda persisto por não ter mais o que fazer...
Eu lhes prometo solenemente tentar me calar a boca, mas não posso prometer o mesmo quanto aos meus olhos, pois esses, mesmo tortos falam o tempo todo e, acho que só pararão de gritar quando finalmente se fecharem...
Desculpem-me poetas, não foi essa a minha intenção, eu só queria parar de chorar um pouco...
Foi há muito tempo atrás, muito tempo mesmo, em que o menino chorava por brinquedos quebrados, por sonhos desfeitos. Sou apenas um pobre órfão do sonho, um retirante que foge da seca da própria vida e da maldade da qual também é minha própria natureza...
Desculpem-me, poetas. Elemento nocivo, daninho, tais como as plantas indignas de figurar entre as flores, sem enfeites, sem perfumes, ainda persisto por não ter mais o que fazer...
Eu lhes prometo solenemente tentar me calar a boca, mas não posso prometer o mesmo quanto aos meus olhos, pois esses, mesmo tortos falam o tempo todo e, acho que só pararão de gritar quando finalmente se fecharem...
Desculpem-me poetas, não foi essa a minha intenção, eu só queria parar de chorar um pouco...
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