Tenha
pena de mim...
Que
sou feio por obra do acaso
Que
sou triste por vocação desde menino
Que
vagueio pelo mundo feito errante
Que
desconheço meu amanhã
Tenha
pena de mim...
Eu
cheguei no final da festa
Não
escutei mais os passarinhos
Tive
medo das sombras da noite
Eu
que me esforcei todo em vão
Tenha
pena de mim...
Meus
doces foram mais amargos
Minhas
piadas foram sem graça
Meus
caros amigos foram embora
E
na multidão fiquei sozinho
Tenha
pena de mim...
Eu
sempre serei esse mesmo rude
Meu
perverso coração só quer bondade
As
lágrimas escorrem ao lembrar sonhos
E
olhar as nuvens vagueando no céu
Tenha
pena de mim...
Que
teimo em escrever estes versos
Que
fecho com medo todas as portas
Que
desconheço aquilo que quero
E
sem ao menos querer te amo...
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