O
cigarro um dia há de me matar
Ou
talvez seja a cachaça, quem sabe?
Um
infarto ou um AVC ou um treco qualquer
Mas
nunca o desamor...
Nunca
a falta de ternura será a causa
Por
falta de amor não morrerei...
Andarei
pelo meu caminho
Até
que tenha chegado o último momento
Porque
apesar de todo o choro que tive
Tenho
certeza que valeu a pena viver
Valeram
todos os sóis que me banharam
E
todas aquelas chuvas também,
Os
dias que contei talvez ansioso
E
as noites de luar que uivei para ela
Nada
mais tenho à declarar do que isso...
Maldito
entre todos maldito eu sou!
Rebelde
como poucos se atreveram
Mal-educado
debochado e cínico
Porém
com um coração que nunca morreu
Maldito
sim maldito, milhares de vezes!
Rude
no tratar e ríspido nas palavras
Mas
esperançoso na felicidade que virá
Eis-me
aqui confessando a minha culpa
Mas
os meus versos serão a minha defesa
Eis-me
aqui maldito e maldito sempre
Mas
com este meu lirismo inconformado
Qual
um cobertor velho para o frio da sarjeta
Meus
amigos! Se aproximem de mim...
Putas
eu as amo como irmãs de infortúnio
Viciados
eu compreendo os seus motivos
Não
sou o juiz de ninguém e nunca serei
É
bom gargalhar quando se rompe o silêncio
Tão
bom ver as flores se abrindo
Ou
ver quando o carnaval chega...
O
cigarro um dia há de me matar
Ou
talvez seja a cachaça quem sabe
Um
infarto ou um AVC ou um treco qualquer
Bem
que eu queria morrer era de felicidade...
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