No
meu peito vazio
Sonhos
e sonhos povoam este deserto.
Na
solidão do meu quarto
As
minhas fantasias repetem um carnaval.
Eu
tenho visto muita maldade
Em
rostos parecidos com os dos anjos.
As
guerras geralmente acontecem
Porque
alguém desejou a paz entre os povos.
Os
finais nunca acontecem
São
apenas o começo de outras epopeias.
Muitos
risos foram usados
Para
esconder uma torrente de lágrimas.
O
meu amor já veio muitas vezes
Usando
as vestes avermelhadas do ódio.
As
paixões queimam como fossem brasas
Mas
possuem a sutileza de pequenas flores.
Eu
junto centenas de palavras na garganta
E
acabo compondo uma canção silenciosa.
A
minha saudade acaba crescendo
Mesmo
quando a falta é de antigas dores.
Eu
tropeço em pedras imaginárias
Quanto
mais procuro pela realidade.
Escrevo
versos cheios de timidez
Para
serem gritados para as multidões.
Nunca
nada foi tão aparente
Do
que a mais crua das realidades.
Cada
vez que tento me conhecer
É
para um estranho que miro no espelho.
Esses
versos que acabo de escrever agora
Talvez
sejam de um menino que não sou mais...
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