quarta-feira, 18 de abril de 2018

Carta para Gil ou Desabafo Inútil de Um Pobre

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Desculpe Gil:
Eu até queria fazer com mais capricho,
Mas não sou um mestre como sua pessoa,
É que a vida pra mim nunca foi muito boa.
Precisava ter mandado jogá-las no lixo?

Alguns minutos poderiam ser perdidos,
Olhando o que escrevo como um desesperado,
Até sorrindo por cada um verso que fiz errado,
Versos solitários que nunca foram lidos...

Depois poderia ter dado qualquer desculpa,
A próxima turnê, um compromisso importante,
Pois não iria perder tempo com um insignificante,
Nada que a vida me aprontou foi sua culpa...

Mas talvez algum verso, um poema mais insano,
Pudesse chamar a sua atenção, desse na vista,
Perdão, eu achei que atrás de um grande artista
Também poderia existia um grande ser humano...

Não fique ofendido, eu ainda continuo seu fã,
As suas letras continuam encantando a gente,
Talvez você me enxergue de uma forma diferente,
Afinal, ninguém sabe como pode ser o amanhã...

Um comentário:

  1. FICOU ÓTIMO, especialmente considerando-se que trata-se de um fato ocorrido transposto literariamente. Está muito bem escrito - eu diria, considerando-se a "inspiração", que ficou até elegante, embora não tenha havido reciprocidade da parte dele na época. Abraço.

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