Quase que chorei por tanta coisa
Quase que chorei por não ter paz
Coisas que um dia aqui estavam
E hoje aqui já não estão mais...
Quase que chorei pela saudade
Quase que chorei sem ter ais
Por todos os barcos que partiram
E que não retornaram ao cais...
Quase que chorei pela tristeza
Quase que chorei em temporais
Por todas a alegrias que seguiam
Acompanhando os meus carnavais...
Quase que chorei pela ternura
Quase que chorei pelas espirais
Da fumaça que subia solitária
É o tempo que não volta atrás...
Quase que chorei por tanta coisa
Quase que chorei por não ter mais
Coisas que um dia aqui estavam
As mesmas coisas que me davam paz...
(Para o poeta e amigo, Miguel Guerreiro)
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