Eu não tenho nada,
Quando muito lembranças pra carregar,
Pela frente uma estrada
Que não sei onde vai dar
Não tenho fama, não tenho preço,
Nenhuma história bonita pra contar,
Nenhum fim, nenhum começo
E nem motivos pra chorar.
Não tenho sanha, não tenho saga,
Não tenho ninguém pra me notar,
Não tenho benção, nem tenho praga,
Não vou dormir nem acordar.
Não tenho ideias, nem protestos
E nem bandeiras pra carregar,
Não adiantam os meus manifestos,
Nem tenho demônios pra exorcizar.
Não tenho água e nem comida,
Nem pai, nem mãe e nem um lar,
Quando muito tenho essa vida,
Se é que vida pode se chamar.
Eu não tenho dor e nem aflição,
Até o sofrer pode se gastar,
Não tenho amor, não tenho paixão,
É apenas isso o que há...
Belo, belo!
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