domingo, 1 de abril de 2018

Apenas Impulso


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Foi apenas impulso – eu bem o sei
Porém não perdão para o que não tem culpa
Faça aquilo que quiser e siga em frente
Eu não consigo impedir que as chuvas caiam
E nem sou eu que cala o barulho das ondas
Nada mais sinto fora a minha própria raiva
Vou acenar com lances do mais puro cinismo
Sou mau e disso não posso abrir mão
Até velhos alfarrábios não escaparam
Das velhas febres que dias passados tive
Eu faço aquilo que eu quero!
Danço ventanas todas as horas possíveis
E acendo velas por mais pura devoção
Quase tomei o trem e fui para Paris
Mas a força das circunstâncias mudou meu rumo
Agora posso e devo mentir à vontade
Como os menestréis que um dia cantavam
Como se as moedas pagas não fossem esmolas
Estou no maior de todos os dilemas possíveis:
Se assassino o dia ou se mato á mim mesmo
A segunda opção é a que é bem mais fácil
É só virar para um canto e começar à chorar
Eis porque a tristeza impera nesse mundo
Além de grátis ela colabora com seus pares
Quinze anos se passaram em sadias blasfêmias
E daqui há quinze já serão agora trinta
E tudo estará desfeito como um novelo no chão
Eu tenho tanto vícios que não os conheço mais
Devem nomear-se para que os deixe aproximarem-se
Tenho receio de estranhos mesmo quando conhecidos
Nem todas estas tatuagens eu conheço de cor
Mas mesmo assim sei algumas notas de flauta
Que achei por aí espalhadas pelo vadio chão...

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