Foi
apenas impulso – eu bem o sei
Porém
não perdão para o que não tem culpa
Faça
aquilo que quiser e siga em frente
Eu
não consigo impedir que as chuvas caiam
E
nem sou eu que cala o barulho das ondas
Nada
mais sinto fora a minha própria raiva
Vou
acenar com lances do mais puro cinismo
Sou
mau e disso não posso abrir mão
Até
velhos alfarrábios não escaparam
Das
velhas febres que dias passados tive
Eu
faço aquilo que eu quero!
Danço
ventanas todas as horas possíveis
E
acendo velas por mais pura devoção
Quase
tomei o trem e fui para Paris
Mas
a força das circunstâncias mudou meu rumo
Agora
posso e devo mentir à vontade
Como
os menestréis que um dia cantavam
Como
se as moedas pagas não fossem esmolas
Estou
no maior de todos os dilemas possíveis:
Se
assassino o dia ou se mato á mim mesmo
A
segunda opção é a que é bem mais fácil
É
só virar para um canto e começar à chorar
Eis
porque a tristeza impera nesse mundo
Além
de grátis ela colabora com seus pares
Quinze
anos se passaram em sadias blasfêmias
E
daqui há quinze já serão agora trinta
E
tudo estará desfeito como um novelo no chão
Eu
tenho tanto vícios que não os conheço mais
Devem
nomear-se para que os deixe aproximarem-se
Tenho
receio de estranhos mesmo quando conhecidos
Nem
todas estas tatuagens eu conheço de cor
Mas
mesmo assim sei algumas notas de flauta
Que
achei por aí espalhadas pelo vadio chão...
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