quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Rara Mente

Veloz como uma pedra parada

repouso... mais nada...

Triste como casa desabada...

esquecida... inlembrada...


Assim os versos que rasguei um dia

chacina daquilo que já senti...

Semelhantes aos amores que acabaram

sem alguma explicação sequer...

Corri no meio da noite como quem brinca

mas no fundo era apenas medo...

Aquela fogueira era de papel e folhas

acho que nem alguma cinza sobrou...

Esqueci de pedir perdão pelos pecados

principalmente pelos que não cometi...

Uma hiena gargalhada desesperada

enquanto busca seus cadáveres...

Tantos festivais que aconteceram

e caíram no esquecimento quase morno...

Eu faço barquinhos de papel de revista

como quem apenas teima em viver...

E fiz minha agonia de descobertas

no banheiro de nossa velha casa...

Não me peçam para esperar novidades

que somente carnavais podem dar...

As redes sociais só podem disfarçar

minha morte mesmo enquanto vivo...


Veloz como uma pedra parada

definho... mais nada...

Triste como casa desabada...

esquecida... alterada...


(Extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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