Saudade também endoida.
Preciso de óculos novos.
E asas se assim puder.
Dedos e teclas em tal rumo.
O paraíso entre linhas.
Vagas para pensamentos.
Minha culpa é toda sua.
Sangue para pernilongos.
E uma lata de poesia tola.
Nunca mais saberemos.
A cegueira moderna chegou.
O camaleão está sentado.
Vamos ver as notícias de sempre.
Francamente não há franqueza.
E todas as previsões falharam.
Mas o tempo não tara não.
Pois tudo um dia já foi pop.
O popstar teve dor de barriga.
Todos jovens vão envelhecer.
A blusa dele era da cor lilás.
Uma rodada de vodca para todos.
Me jogarei para um canto.
Só há alegria nas fotografias.
O gozo é o princípio do fim.
A fumaça toma conta de tudo.
O relógio sai correndo de mim.
Há escuridão até na claridade.
Mas isso agora pouco importa.
Cada um desempenhe seu papel.
Mesmo o improviso tá valendo.
Vocês querem bacalhau?
A teimosia é mãe da desgraça.
Mas é a madrinha do êxito.
Os neandertais são os tais.
Estou demasiadamente com sono...
(Extraído do livro "Farol de Nulidades" de autoria de Carlinhos de Almeida).
Nenhum comentário:
Postar um comentário