Onde minhas limitações
Fazem que cumpra prisão perpétua...
Que crime cometi?
Estou vivo... por aqui...
Vivendo mais de erros do que acertos...
Eu mesmo sou a minha cela
Onde o condenado sofre
Preso em todas as suas necessidades...
Que crime cometi?
Sou humano... um ser...
Carregando todas as suas dores...
Eu mesmo sou a minha cela
Onde aguardo a morte
Mesmo não sabendo o que virá...
Que crime cometi?
Atravessei o tempo... envelheci...
Carreguei comigo flagrantes saudades...
Eu mesmo sou a minha cela
Vou cumprindo a minha eterna pena
Onde a solidão me aflige mais...
Eu mesmo sou a minha cela...
(Extraído do livro "Farol de Nulidades" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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