O vidro se quebrou.
A vida segue em frente.
Imagens apagadas não importam mais.
Eu estou onde estou.
O amanhã não existe.
Parem de fazer certas perguntas imbecis.
Tudo o que vem vai.
Até as ondas fazem.
As telas mentem e todos em bando creem.
O frio nos invadiu.
O fogo já se apagou.
Escolhamos o lado que possa mais aprazer.
O espinho nos aponta.
A mágoa ferirá mais.
Manhãs devem ser engolidas antes que morram.
O ninho está abandonado.
A solidão é apenas uma só.
Toda verticalidade tem um quê de horizontalidade.
Detalhes em toda nossa obra.
O vazio de todas tristes estrelas.
Nossa cruel imaginação acaba pregando peças...
(Extraído da obra "Farol de Nulidades" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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