Descrucificado
Sem lendas e morbidades
Recompensas e castigos:
Todos iguais...
O circo é meu
Primeiramente o último!
A claque ficou muda...
Eu-poeta fui um bastardo
E peguei palavras emprestadas
E não devolvi
Cartas de baralho para nos enganar
Num rude suavidade...
Moralismo claudicante
E um heroísmo covarde
Só automóveis
E paralelos já esquecidos...
O entrevistado peidou
E o político cuspia moedas
Com certo glamour falho
Eu quero chá?
Xaxado é melhor...
Com queijo tofu tofu...
Peguei um saco de maracas
E quebrei tudo
Sou veloz como o nada
E mais azul um pouco...
Babau seu general
De perna abaixo
Sempre e nunca...
Minha coleção chorou
Quando chegou ao fim
E ternuras atacaram-me
Com olhos disfarçados...
Um carioquês quase húngaro
Em resenhas regadas
Com legítimo uísque falsificados
Batatas para o cavalheiro
E milk-shake para a montaria,,,
Uma gota de vinho
E somente duas sementes
Duas serras e um planalto...
Cidade de cimento e aço
Falta de qualquer coisa
Mãos rudes
E calos nos pés...
Só farinha e água...
Ah! Cachaça também...
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