sábado, 5 de agosto de 2023

Alguns Poemetos Sem Nome N° 242

Uma canção veio ontem...

Mas hoje já foi embora...

Era uma canção de alegria...

Toda alegria não demora,,,


Uma canção que não sabia...

Mas que comecei a cantar...

Isso foi um dia, tudo morreu...

Agora só me falta esperar...


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Não é mais do que menos

Os pés andam maltratados

Se insisto em falar de choro

É porque virou companhia

Se continuo falando da morte

É porque é a única certeza

Um manto escuro cobre o dia

A tristeza disfarçada que há

Fingimos que está tudo bem

E fazemos alguns falsos versos

Não há rota alguma de fuga...


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Eu sou meu próprio fracasso

Porque fui contra a corrente

E me feri sem socorro algum

Eu sou minha própria paixão

Que acaba enlouquecendo

E me apunhala sem dó algum

Eu sou minha própria ousadia

Que vai correndo sem medo

Para o abismo de minha autoria...


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Tudo que foi e não é

Árvores e rios e cantos

Teus cabelos nunca cortados

Percorrendo o mundo inteiro

Eu acabo me tornando

Algo que eu mesmo não sei

Velhos livros de coloridas páginas

As evidências falhando

E alguns óculos que foram quebrados

Na manha do mundo...


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 A cana-de-açúcar quase doce

(O tempo era mais, bem mais...)

Muitos mistérios num quintal

Pedaços de ferro de trilhos

Um pé de tangerina místico

E a minha mínima impaciência

Bailado de fadas invisíveis

E eu sempre o menor de todos...


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Viver os versos

Sem culpa

E nem desculpa

Sem medo de si mesmo

Viver os versos

Como quem se come

Um pedaço por dia

Até não ter mais

Acabou tudo

A culpa foi deles...


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Apenas uma aflição

Que tonteia

Tonto que nem pião

Na areia

Caiu aqui da mão

Não volteia...


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