Aves azuis...
E emojis servindo de máscara...
Até aonde...
Só sei que nada lei...
Por experiência própria...
Quebrei a cara...
Pisei em ovos...
Vou comer livros...
E beber fagulhas...
Estou numa fase delicada...
Injeto cerveja na veia...
Piso em lacraias descalço...
Invento neologismos crazys...
Uso lenços carmins...
Para não despedidas...
Falta tanto faz...
Eu rasgo olhos...
E enterro minhas culpas...
Procrastinemos o fim de tudo...
Arruda atrás do nariz...
Creme de merda para o cavalheiro...
Porrada na cara da lógica...
Refresco sabor baunilha...
Fila para o desespero...
Papel-moeda rasgado...
Piercing na alma...
Espelhos repetidos...
Cada nunca é um só...
Pirâmides de caixas de sapatos...
Chicletes usados...
Camas quebradas...
Velhos armazéns...
Repetidas lições...
Grandes palhaços...
Pequenos circos...
Vindo das sombras...
Aves azuis...
(Extraído do livro "Farol de Nulidades" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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