Eu sou
o círculo reto
que circula
por aí
A Sansara
louca
sem ter
culpa alguma
O luxo barato
ouro de tolo
para o tolo
no meio da noite
O telefone
mudo
e a notícia pirada
mentindo
O mimetismo
escondendo
a cara
e a bunda de fora
O contratempo
nos fazendo
uns meros
palhaços
Eu sou o cego
pensando
enxergar
mas no escuro
Motivo
algum para
motivo algum
eu tenho
A barata tonta
o sol
com peneira
a topada
Sem-grana
sem-vergonha
sem-tino
quase nada
Eu sou
a curva fechada
que o tempo
não abriu...
(Extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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